MISTURADAS
Sem sequer cair no atropelo
Misturando o imisturável
Faço a mim um apelo:
Não te sinta miserável.
Na parca sabedoria
Querendo ser alguém
Sou apenas Maria
Igual a outra não tem.
Vivo num faz de conta
Com o pé na realidade
E, às vezes, me desponta
Um resquício de maldade.
Ponho um riso fingido
No elogio que sobressai
E o outro fica iludido
Com o que da boca me sai.