Sem palavras
E ela se perdeu de novo
Nos labirintos tão escuros
Vagava por eles tentando achar luzes
Mas não havia nada...
A vida havia sumido
Podia recordar do som da voz que reverberava,quando ele a chamava
O eco enchia sua cabeça e a fazia girar
Pedia socorro e se agarrava em suas mais profundas lembranças
A dor era extrema e aguda
As lágrimas pesavam e rolavam por todo rosto
A voz não saía, ela estava sufocada ...
Precisava de sua dose
Precisava do riso mais doce e dos olhos mais profundos que já havia visto
Ela lutava todos os dias mas ainda continuava perdida
Gritando por socorro, em algum lugar onde alguém pudesse ouvi - la
E ali, ficava por horas juntando o que sobrou de suas memórias
Era tão doloroso... Tão amargo...
Mas ela ainda não estava livre
Suas asas estavam quebradas e ela, muito ferida
Então ficava alí nas noites solitárias
Engasgada com seu choro
E tentando esquecer todo o caos que se passava alí
Até que adormecia afogada na própria dor
Até um dia resolver acabar com tudo e fugir para longe.