Pour Notre Dame
Por vezes em nossas vidas sentimo-nos qual
Quasímodo a perambular por Notre Dame,
Distante da humanidade que o queria mal,
Escondido, restando-lhe só tocar seus sinos
Como se fosse esse seu indefectível destino,
Divagar por seus torreões, gretas e andaimes.
Carregava às costas o sinal de sua deformidade
Igualmente expressa em seu corpo e sua face,
Sem esperanças de encontrar a bela Esmeralda
Que o redimiria e conduziria à eterna felicidade
De encontrar o amor e que realmente o amasse
Mesmo estigmatizado por sua forma malfada.
Sua alma pura e sem máculas a arrefeceu,
Balançando-se nas cordas como se um menino,
Amando-se antes mesmo que o próprio destino
Desfechasse por inveja sua final cartada:
Esmeralda é sacrificada por crime que não cometeu
E no túmulo são achados, abraçados, ele e a amada.