velemos a vida
o que um dia já soube
não mais eu sei,
como escreverei belos versos?
se todo amor que me coube
amor eu te dei,
é como ter-te tão longe
no entanto tão perto,
tanto te amei ...
a partir do instante
em que senti teu afeto,
no peito onde aperta
a saudade constante,
do mundo em q' vivo
tornei-me incrédulo,
aponte-me os erros
tudo q' fiz te confesso,
pois a ponte pros medos
é temer ser feliz ...
e viver só de resto,
longe dos prazeres ...
em constantes decepções
sou o mesmo menino inquieto,
decepcionar-me tornou-se lazeres,
observo distante as constelações
por vezes minh'alma aquieta ...
no aconchego ...
de uma linda mulher,
um nó na garganta
quando te vejo,
no fim tanto faz,
tanto fez, deixe ser ...
quero amar-te outra vez, te esquecer.