Na Onda

São meninos/

Meu deus são meninas/

Num país tropical/

Escravizados por uma liberdade imoral/

Famílias sem filhos/

Filhos sem pais/

Mães meninas e meninos pais/

Numa sociedade reticente/

A cada dia/

Jovens abandonados ao mercado local/

Andando nas ruas dessa capital/

Procurando num fanatismo/

Consumir livremente/

A gota fatal/

Andam pelas ruas depressivos/

Adoecidos numa posturas indecente/

E com verbos vulgares/

Repetindo como dementes os que veem na TV/

Gritando aos ventos antiga democracia/

Por fazerem o que bem entenderem/

Sem se dar conta/

Que herdarão no amanhã/

Nunca os direitos/

Mas vícios tatuados e sem cura/