Folhas de chá
quando os azuis entornarem
cheirando a nuvens
com notas roucas e agudas
os braços vão querer algo para beber.
o aroma dos dias enredado nas varandas
nos pneus molhados
seu relógio há de tocar a campainha
empurrado pelo vento
o rangido da porta distraída pela emoção.
a vida há de sonhar para depois
esse ‘chegar’ de amigo e renda debulhada
silenciando o calendário
nos fios dos bondes