Rosa Púrpura
A rosa púrpura da tua boca
Desenhando em meus lábios
Traços de nostalgia
O fogo preso na ânsia de um beijo
Sobrepujar as amarras da agonia
Numa canção triste me transformo
Esperando, com paixão, você chegar
Nas batalhas frias dessa vida
Encarei teu retorno como bálsamo
Fruta doce do meu ego
Caminho sinuoso até o desfiladeiro
A queda certa, meu martírio
No desespero imagino
Teu corpo de frente para mim
As mãos cegas a te ler
Deserto de imersão
No rio fundo da indiferença
Encarar a morte passa a ser calmaria
Não um desejo, nem uma ordem
Uma descrença fantasiada de covardia
Menina à espera da juventude tardia