O que me resta?

A garganta seca

De quem chora no escuro

A voz embargada e a dor esmagada

Sobre o porvir

Flutuando sobre o oceano do futuro

Que será de mim, Oh Deus, que será de mim?

Sou agora a sombra embaçada do que era

A ausência do viço

Não escrevo mais cartas de amor

Não suspiro ao cheiro das flores

Passeio na vida, apenas

Sou sentinela da morte, que espreita

Espero encarar seus olhos fundos de furor

-Já me roubastes tudo, direi a ela

-Tiraste de mim a certeza das horas

O que tenho, o que me resta?

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 13/07/2019
Código do texto: T6695258
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