Flor de Lótus.

A chuva caia ininterruptamente,

Seus olhos murchos estavam sem vida,

E nas horas do imerso inconsequente,

Tudo o que se esperava era sua partida,

Havia uma tempestade aqui dentro,

A qual não poderia se ater,

Que durava dias e meses inteiros,

Como a macha massiva em Júpiter...

No desembaraçar estranho de tudo isso,

Nada pareceria se encaixar,

Seus abraços, seus beijos, seus sorrisos,

Nenhum deles parecia amar...

Talvez eu sinta falta dos velhos tempos,

Dos meses em que você me fazia sentir,

Mas como brisas, tudo se vai junto aos ventos,

Até que as voltas ao redor do mundo nos tragam novamente aqui.

Politizei em tua alma,

Todo capricho de uma vida inteira,

Fui descuidada e não tive calma,

E agora vivo intensamente no desgaste de minha tristeza.

Os surdos não ouviram minhas preces,

Mas os cegos viram o quanto eu te amei,

E a distancia é o silêncio que me ensurdece,

E esta é a ultima vez que direi:

Sinto falta de ti.

Natália Reis de Assis
Enviado por Natália Reis de Assis em 12/07/2019
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