Conteúdo ameno
há um poço de palavras
que me aconchegam como uma toalha.
puxo uma vogal, desestabilizando
uma frase que se esvai em tinta preta.
o tempo corre rouco, calmo e mortal
cheio de redemoinhos
atravessando campos, casas, paredes
maior que meu quarto
infinito para qualquer ponto que se olhe
gloriosamente entorpecido.
quase posso ouvir o vento, o silencio.
e sua boca que forma meu nome, veste-o
saca uma serenidade do fundo dos olhos
o ar fica preso no lustre
(...) e como um pé no vento, se vai
dissolve-se no pufe.
a alma desmaia no vestido bem comportado
com a pele em punho.
pego meu exemplar em tua lembrança
lentamente retiro da cabeça
na névoa do pensamento.
a noite te segue pessoalmente,
mal consegue formar uma frase...
Quem vai gritar pega ladrão?
vou guardar esse detalhe só para mim.
há um poço de palavras
que me aconchegam como uma toalha.
puxo uma vogal, desestabilizando
uma frase que se esvai em tinta preta.
o tempo corre rouco, calmo e mortal
cheio de redemoinhos
atravessando campos, casas, paredes
maior que meu quarto
infinito para qualquer ponto que se olhe
gloriosamente entorpecido.
quase posso ouvir o vento, o silencio.
e sua boca que forma meu nome, veste-o
saca uma serenidade do fundo dos olhos
o ar fica preso no lustre
(...) e como um pé no vento, se vai
dissolve-se no pufe.
a alma desmaia no vestido bem comportado
com a pele em punho.
pego meu exemplar em tua lembrança
lentamente retiro da cabeça
na névoa do pensamento.
a noite te segue pessoalmente,
mal consegue formar uma frase...
Quem vai gritar pega ladrão?
vou guardar esse detalhe só para mim.