Assim…
Teu olhar inebriante e caloroso
Elevam minh’alma ao promontório
Celeste, e meu coração escabroso
Esmera-se e afasta-se de um sanatório
Em que outrora habitava infeliz.
Tuas mãos bem definidas; teu olhar
Lânguido mesmeriza-me, flor-de-lis.
Entramos por sendas sem mais poder voltar,
Desafiando a tudo e a todos. Paixão repentina,
Intensa como uma torrente de verão
Em pleno inverno. Carnaval de serpentina.
Não basta! Agora, enfim, todos observar-nos-ão.