QUIMERAS

QUIMERAS

O sol tímido

Dissipa as brumas do chão

Deixa ver relva e flores

Agora ao alcance das mãos

O céu ainda pálido

Não colorido azulão

Pássaros despertando assanhados

Ninhos em convulsão

Bípedes indiferentes

Encolhidos pelo frio que os atinge

Comprimem-se sem ação

Os lábios trêmulos

Buscam outros a aquecer

Abraços são benvindos

Em línguas de ainda não

Esperemos pela lua

E troquemos a rua

Pelo quarto em ebulição

Quem sabe essa quimera

Seja para nós nova era

Metamorfoseada em paixão

De passado distante

Que se foi qual brumas

De reminiscências algumas

Estreitadas pelo frio

Mas quem sabe ainda

Possa gerar arrepios

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 09/07/2019
Código do texto: T6692157
Classificação de conteúdo: seguro