Me vi em pensamentos
Me vi em pensamentos, olhando o infinito do céu.
A incerteza era tua companheira.
Era uma sensação de prazer, com uma porção de calor,
Algo, a princípio, incompreensível,
Que congelava a vontade de não querer voltar ao mundo natural,
Como tivesses tolhida a capacidade de reagir.
Por vários momentos me proibi de fechar os olhos.
Certamente, temias pelos teus sonhos.
Não sei se foi a força do pensamento ou a imortalidade do espírito.
Mas algo, talvez, de sobrenatural, te impelia a uma decisão.
Me vi voando sobre o infinito azul do céu.
Começava, então, um sonho incompreensível.
Não sabia explicar a veracidade do real, que motiva não voltar.
O temor era maior do que tua própria vontade.
Toquei na lua, deitei sobre um raio de sol, contei as estrelas.
Buscavas uma explicação, viesse de onde viesse.
Tive um encontro comigo mesma.
Enfim, a realidade aclarava a tua mente.
Com ousadia, fiz um pedido. Amanheceu.
Eis que a coragem prevaleceu sobre o medo.
Voltei ao som das muitas águas.
Era o teu primeiro passo.
Paralisada, fiquei observando o duelo entre eu x consciência.
Começavas a compreender, novamente, a realidade.
Ora sentia adrenalina pulsar dentro de mim, outro momento sentia que foi um sonho.
E esse sonho veio mostrar-te o caminho a seguir.
Não sei Explicar. Então resolvi voltar ao mundo natural.
O inexplicável pode nos servir de ajuda.
Lentamente, peguei a bolsa, abri a porta e arrisquei um palpite.
Era chegado o fim de um grande sofrimento.
Resolvi acordar e ser feliz.
E assim hás de permanecer, afinal.