LABIRINTO INSONE
LABIRINTO INSONE
por Juliana S. Valis
A madrugada é um labirinto insone,
Por onde vagam nossas esperanças
E nossos sonhos, entre fama e fome,
Buscam sentidos para suas danças...
E quando os sonhos cruzam as estrelas,
No afã de tê-las entre seus mistérios,
As ilusões nos guiam, esperando vê-las
Nos céus de paz sem devaneios sérios...
E, sempre incerta, segue a madrugada
No labirinto insone das constelações,
Pedindo sentido à vida que nos brada,
Quando tudo - ou nada - acorda as ilusões !
Mas o que é a vida senão a incerteza
Na divagação etérea que surge e some ?
Enquanto o mistério escreve alguma sutileza,
A consciência vaga no labirinto insone.
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