Biopoesia

Eu me chamo Kleber,

Sou de Icaraima,

Nasci na barranca

Do Rio Paraná.

Logo ao nascer,

Recebi minha sina,

E desde criança,

Minha vida é rimar.

Fui criança feliz,

Quebrei o nariz,

Fui para o hospital,

Tomei sonrizal.

Moleque travesso,

Arteiro e traquino,

E também confesso:

- matei passarinho.

Pintei o caneco,

Surrei a galinha,

Bati no marreco,

Comi com farinha.

No rabo do gato

Amarrei bombinha,

Fui rei do buraco,

Craque da burquinha.

O cabelo da musa,

Colei com chicletes,

Cuspi e fiz cruza

No jogo de betes.

Até que um dia,

Caí do cavalo,

Levei um coice,

Criei um galo.

Levado à breca,

Jogado do Céu,

De alma poética,

Virei menestrel.

Enfim me encontrei:

- eureka, eureka...

Como foi? não sei!

Mas sou um poeta!