INVERNOS
JULHOS
O julho do vento.
As curvas da alfaia.
A saudade. A fumaça.
O ar. O abafamento.
AINDAS
E ainda há julho nesse vento virado
sobre o quase agosto roxo do verso.
A porta entreaberta. A alma exilada
sob o inerte desassossego do tédio.
AGOSTOS
O agosto do pensamento.
A gentileza ímã do cinza.
A alfaia prenhe de vento.
A chuva delgada de poesia.