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A INSPIRAÇÃO
Quando vem, vem de maneiras diversas - sopro ou possessão -. Vem folha ondulando de um lado para o outro movida pelo vento, vem pássaro assobiando, vem chuva, vem temporal, vem anjo avesso espreguiçando-se sobre um dos meus ombros, vem deslizando pelo céu ou na construção de uma calçada, vem engendrando ninho, tapa, constante - ou não vem, movida pelos humores da vida -. A inspiração, ah! Quando vem! Vem beleza perfeita, plena na implicância, vem para inquietar os ouvidos, vem exaltação ou serenidade. Vem gárgula ou Fernão Capelo Gaivota, vem instância separada para a fusão - ou o caos -.
A inspiração quando vem - é de súbito -, vem Pan para representar as suas forças. Vem e não se cristaliza - ou anota ou perde -, pois vem com o objetivo da existência efêmera.
A inspiração quando vem - é de súbito -, vem Pan para representar as suas forças. Vem e não se cristaliza - ou anota ou perde -, pois vem com o objetivo da existência efêmera.