Tropical
no quarto nublado
chove aquela noite comprida
longe das minhas coisas, do meu chão.
o calendário, com olhos sujos dos dias.
cerzindo nuvens, que passam.
ergo um vestido sem aviso,
com perfume sombreado, gratuito.
-de pano sussurrado me tornar-
em meio perdão
onde facas infinitas,
perdem o corte, mudas.
-se alma não tem raiz-
entraria na pele sem pudor
só as facas sabem (...).
e o que as facas sabem é coisa alada.
eu sou só pensada, polida no vento.
feita para queimar além da cura.
no quarto nublado
chove aquela noite comprida
longe das minhas coisas, do meu chão.
o calendário, com olhos sujos dos dias.
cerzindo nuvens, que passam.
ergo um vestido sem aviso,
com perfume sombreado, gratuito.
-de pano sussurrado me tornar-
em meio perdão
onde facas infinitas,
perdem o corte, mudas.
-se alma não tem raiz-
entraria na pele sem pudor
só as facas sabem (...).
e o que as facas sabem é coisa alada.
eu sou só pensada, polida no vento.
feita para queimar além da cura.