PRIMEIRAS HORAS
PRIMEIRAS HORAS
Nas primeiras horas da manhã invernal
Dissipo meus medos e arremedos
De coragem fingida
Medo da vida
Infinda na finitude
E essa solitude
Me inspira
Qual o raiar do azul
Que respiro pela boca
Narinas e olhos
Procurando o renascer
No ritmo das pernas
Sem ponteiros nem tic-tacs
Encho-me de ares
Numa atmosfera diáfana
Eu e eu mesmo
A esmo
Na rua cintilante
De luzes artificiais
Folhas espalhadas ao vento
Invernais no firmamento
De lua indo sol vindo
E novamente eu somente eu
Sem sombra
No silêncio que sobra
Da noite que se vai