ESPERA
Eu bato à tua porta
Mas sempre vou embora,
Pois tu não a abres.
Porém, não te culpo;
Talvez nem te lembres
De onde está a chave.
Eu volto outro dia,
E bato de novo
No nó da madeira...
Percebo o silêncio
Desse nó tão tenso
Na tua vida inteira!
Um dia, eu espero,
Que o quarto vazio
No qual te escondes
Seja derrubado,
E a porta fechada
Se transforme em ponte.