PALAVRINHAS

Palavrinhas na esquadria do vácuo inacabado

São como pássaros infelizes regamboleando

Para exalar todas as inóspitas lembranças

E outros síndromes das epifanias nas alvoradas

Palavrinhas de aconchego na boca dos incrédulos

São como equações de evolução de Volterra

Minorando a aflição de todas espécies de atormentados

Em linhas derivadas do amor que intempera

Palavrinhas ondulando equidistantes da bondade

São como neblinas inacessíveis dos anéis de Saturno

Ou tédio endógeno das almas anojadas pela vaidade

Quando o viver perdura taciturno - súbito destino

Omar Va Elabo
Enviado por Omar Va Elabo em 01/07/2019
Código do texto: T6685836
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