PALAVRINHAS
Palavrinhas na esquadria do vácuo inacabado
São como pássaros infelizes regamboleando
Para exalar todas as inóspitas lembranças
E outros síndromes das epifanias nas alvoradas
Palavrinhas de aconchego na boca dos incrédulos
São como equações de evolução de Volterra
Minorando a aflição de todas espécies de atormentados
Em linhas derivadas do amor que intempera
Palavrinhas ondulando equidistantes da bondade
São como neblinas inacessíveis dos anéis de Saturno
Ou tédio endógeno das almas anojadas pela vaidade
Quando o viver perdura taciturno - súbito destino