Uma flor oscilando ao vento
quando suas mãos falam
a sombra se divide
numa frase invisível.
o tempo é um insulto
uma lágrima no pincel.
os prédios morrem eternamente
esticando a paz sob o azul.
a vida vai florindo no vaso
o café espera ao lado da xícara
a beleza irrefletida causa alvoroço
como se fosse uma palavra
que escapou pela fechadura.
e por um momento
o futuro fica suspenso
para não acordar
o amor que dorme no quarto principal.
(para Roque Silveira)
quando suas mãos falam
a sombra se divide
numa frase invisível.
o tempo é um insulto
uma lágrima no pincel.
os prédios morrem eternamente
esticando a paz sob o azul.
a vida vai florindo no vaso
o café espera ao lado da xícara
a beleza irrefletida causa alvoroço
como se fosse uma palavra
que escapou pela fechadura.
e por um momento
o futuro fica suspenso
para não acordar
o amor que dorme no quarto principal.
(para Roque Silveira)