COLÔNIA DE FÉRIAS
Nada nesse redemoinho me fez participar da sua comoção
Ainda vejo tudo com olhos infantis e perversos
Sou um rascunho e me orgulho da página em branco
Nada me faz feliz exceto a frustração
Sou aquela estrela que já morreu mas você ainda vê
Sou teu último pesadelo, o maior e melhor
Condensei minha última retórica numa bolha de contradições e ela agora tem vida própria
Ninguém reconhece os erros que deixa pelo caminho
Pegadas são mensagens
E a comunicação é só um artifício pra suavizar a morte
Afinal trocas são úteis quando os itens de nada servem...
Ou são mais preciosos que a intenção de quem os barganha
Seja jovem ou decrépito seu karma já foi definido
E a espera é só areia-movediça...
Fiz uma construção pra anões e gigantes apareceram
Mas qual é a minha resposta se a pergunta é muda como eu?