Torpor...
O dia se deita, na encosta do horizonte
Como deita minha energia
Deixando-me...
Em instantes, será ontem
Em breve, serei lembrança
A imagem, que também cansa
Na parede se amarela...
A vida é rio que corre
É doce... Busca o sal
Sem saber, que assim morre...
Meu olhar cinzento se fecha
Acompanha o frágil momento
Despede-se o dia
E a energia que rege minha rotina
Volto no tempo...
Sou aquela menina
Que acreditava na longitude do tempo
Escapou-lhe, correu
A menina se perdeu
Enganou-se... Quão breve é o tempo...
A vida, é só momentos...
Ema Machado