"ESTE MEU JEITO MATUTO"
Aos olhos de um matuto
O vislumbre da campina
As águas do silencioso regato
Onde se deita o sol, há se por
O medo do imprevisível
Tempestades, raios que riscam ao céu
Bisonha perda, face tristonha
Onde o sol se resguarda, arde e se guarda
Em seus pés brotam as flores
Pés descalços sobre a terra
O perfume da flor leve como vento
Espalham-se fragrância pelo ar
Na simples figura um homem do mato
Sinto o fogo queimar , labaredas ao vento
O cheiro da terra me faz levitar
Como águas descendo o regato
Um homem e seu reduto
Criado livre nas terras do sertão, matuto
Rios, e açudes, caatingas pés no chão
O homem em sua simplicidade é assim o sertão