BRECHAS
BRECHAS
Sob um azul profundo
Entre raios amarelos nem sei
Se estou feliz ou triste
Não dá tempo
Entre tantos ires e vires
Tantos sopros de absolutismo
Entre tantos ruídos e silêncios
Palavras e gestos
Rasos sem profundidade
Procura-se o infinito
Um buraco negro
Entre brechas de visão
Vazio, loucura, pureza
Tolerância, antagonismo
Quem sabe um pouco de tudo
Ou de nada
Apenas misteriosa caminhada
Por ruas sem saída
Frisson de invernos
Instalado pela angústia
Do porvir que agoniza