Odiei te amar
deixe que a pedra exploda a vidraça,
corte da raiz, pode toda essa farsa,
desde que a meta tornou-se viável ...
não dou meu melhor, mau sei o que faço,
meses em guerra, trancado no quarto
esqueço-me dela e abraço o diabo,
despeço-me em telas, descrevo o pecado,
não se ganha se herda, morrer como escravo,
no convite da festa o meu nome riscado,
eu raspei a cabeça, me sinto mais gato,
subiu pra cabeça não sinto mais nada,
nada, corre, pedala, acelera ou se mata,
conta as notas, mais um porre, mesma galera,
ao final sempre ela pelada, sangue escorre
pela gaveta onde guardo meus versos,
tinge a morte, em cores mais vivas,
onde os pobres dão valor a vida,
os ricos não enxergam a saída,
conte os cortes, os verdadeiros não as cismas,
não conte com a sorte ou se sinta assim tão acima,
outro gole, matei a agonia enquanto a lucidez agoniza,
não gostou?! tapa o nariz e engole, minha mãe quem dizia,
tragou ... agora espera, já já a dor se dissolve,
voltou?! amei te rever, menina atrevida,
sou fã de você e daquela sua amiga,
já brinquei com brinquedos, hoje brinco com a vida,
já brindei em puteiros, hoje brindo sozinho,
matei por amor e morri por amar,
atuei, em filmes de horror ... (o fim cê sabe)
amor, amei te amar ...