rasc. ³
pode falar que não me ama,
te odiaria se o fizesse,
fiz esses versos
retirando-os da lama,
alimentando-os
com as sobras dos restos
dos vícios q' aprisionam minh'alma,
liberte-a,
acorrente o q' resta na cama,
faça sentir-me supérfluo,
tantos versos, enterrados
na tumba da alma,
onde o errado me acalma
e o certo sucumba-se
a falta de um toque macio,
onde boas ações sejam
mais valiosas q' ouro maciço,
um maço num bolso
no outro o castigo,
o q' enfraquece o corpo
me aquece por dentro,
faz sentir-me mais vivo,
um erro,
tentemos de novo,
porquê tememos perigos?
omite-se ...
o estampado no rosto,
obtemos aquilo q' pedimos.