"ESTE MEU JEITO DO MATO"
Nos olhos de homem matuto
O vislumbre da campina
As águas do silencioso regato
Onde se deita o sol a se por
No regalo da terra os sonhos se ajeita
Adormece o matuto
A lua serena em seu dorso brilha
Tão risonhas estrelas
Que em céu escuro se deleita
O medo do imprevisível
Tempestades, raios que riscam ao céu
O medo da perda tristonha
Onde o sol resgata, arde e se guarda
De meus pés brotam as flores
Com jeito de matuto pés sobre a terra
Ao perfume da flor ao pé da serra
Espalham-se cores vivas pelo ar
Este meu jeito do mato
Sinto o fogo a queimar meu peito
Pensamentos de um matuto
Como águas descendo o regato