ENTRE OLHARES PEDINTES...
Te peço, favor, não me olhes
Com esse seu olhar pedinte,
Usando seu charme requinte,
Assim não vou me aguentar
Ficando fingindo sem te olhar,
Olhos nos olhos não se resistem...
Não se resiste a um olhar meigo
Feito cara-a-cara ou de soslaio,
Causa até sutil leve desmaio
Quando se encara um olhar
Que pede para se o observar,
Mesmo que de relance rápido...
E, nos caminhos desse seu olhar
Vou andando seguindo em frente,
Não serei aquele que se arrepende
Em seguir olhando cada vez mais,
Pois esse gesto de se olhar e se olhar
É o que o amor muito bem entende...
Ao te olhar vejo que me olhas,
E é de como se vemos no espelho,
Assim será sem arrependermos,
Mesmo que, no nosso caminhar
Se entreolhando tal sem parar,
Em instante até que lágrimas choremos...