DO TEMPO
DO TEMPO
Teu retrato, num canto,
Atraiu o meu olhar
E observei, com espanto,
Que estavas a chorar.
Era a lágrima que fazia
A diferença do que um dia
Era somente alegria
E tanto amor para dar.
A imagem, sem vida,
Sem receber atenção,
Está agora, esmaecida,
Rolando, esquecida,
Pelo chão.