Paranapiacaba

O sol do inverno aquece um frio em meu coração vazio.

Eu chego a um lugar guardado pelo tempo.

Ouço as vozes que parecem vir de dentro.

Ouço o riacho tornar-se um rio.

O ar é limpo e puro.

Há um contraste entre o vivo e o morto, o claro e o escuro.

Recentemente, parti o meu coração.

Entre todas as palavras ditas e escritas eu me encontrei em solidão.

Mas em seus verdes braços eu me libertei dos meus demônios internos.

Sua lembrança viverá em mim por todos os anos e por todos os invernos.

Pois toda a dor se acaba.

Em Paranapiacaba.

Eu dancei com espíritos e fui rodeado por andorinhas.

Voei com borboletas e conversei com aranhas, todas amigas minhas.

Das folhas secas eu me fiz uma coroa.

Fingi tocar violão, para me rodear de música ambiente e energia boa.

Estive em um tempo em um lugar.

Um tempo sem em nada ou ninguém, pensar

Um tempo refugiado.

Trabalhando para que a vida começasse a mudar.

Diego Diamante
Enviado por Diego Diamante em 24/06/2019
Código do texto: T6680302
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