MONÓLOGO

Tenho um encontro comigo

Quando estou só.

Entendo-me e vejo em mim o pó.

Só minhas ações é que valem...

Porque eu mesmo, nada sou.

A vela só é vela quando acesa,

Pois apagada, é só um pedaço de cera.

Pra quê essa carreira?

Caminho a passos lentos

Assim aproveito os ventos

E os alentos da vida.

Talvez alguém me escute,

Mas eu me escuto melhor!

Sozinho, viajo na imaginação...

E sem perturbação

Chego sempre num destino

Sem desatino

E sem confusão.

Não gosto de estar sozinho

Não é bom viver sozinho,

Mas quando estou nesse “ninho”

Mais fácil caminho.

E quando acercado de tantos...

Divido os encantos

De quando canto sozinho.

Ênio Azevedo

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 23/06/2019
Reeditado em 23/06/2019
Código do texto: T6680055
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.