DEVASTAÇÕES
Trago o teor do vento, um chá gelado
que respiro na reclusão do meu quarto
de onde remoo o verbo, casca a casca,
no moinho escuro e veloz da palavra.
Repito os atos, feito um louco obcecado
no meio do verso bem na linha da carne
teimosa do mesmo tema de um passado
no retrovisor do outrora: no beco do fato.
Preso nos céus do signo e solto no fonema...
De dentro do silêncio atômico de um poema.