PRAZERES
PRAZERES
Na taça a vida
Traduzida em vinho
Saúda o frio
Que invernal se opõe
Ao calor rubi
Que aquece os sentidos
Da pele esquecida
Sob o azul profundo
E vestes pesadas
Luva nas mãos
Que sustentam a taça
De vinho e vida
Entrelaçados
No ido e no porvir
Fora do tempo
Em que bate o vento
Da felicidade que o encontra
Sem procura tanta
Nas grandes janelas
Abertas a história
Tantas vezes contadas
Em amiúdes versos
Que suspiram em nuvens ardentes
Filtrando a luz do sol
Escondido por instantes
Surgindo de novo fulgurante
Refletido no cálice
Calado no ápice dos raios
Que aguardam o poente
E o luar
Que estará logo presente