DE VOLTA A VIDA! (159)
Olha por uma pequena fresta, o mundo,
Dele escondeu-se, em retiro, profundo,
Sabe que reclusa, sonhos não construiu,
Alienada por tanto tempo esteve, que nada viu...
A luz clara se esgueira, lhe ofusca a visão,
O ar puro penetra, preenche seu coração,
O sol entra e a aquece, se faz presente,
Ela chora, pelo tanto, que esteve ausente...
Seu olhar é tímido, como da adolescente, menina,
A cada passo, se equilibra como o faz, a bailarina,
Pensa ter asas, ser pássaro, se lança no espaço,
Joga-se corajosa, ao vento, sem medo, ou cansaço...
À solidão, que por tanto tempo, lhe foi companheira,
Dá adeus, pois agora, ela é dor passageira,
Dos próprios escombros, ressurge forte, inteira,
Volta à vida, renasce... É mulher... É guerreira...
Lani (Zilani Celia)