Sono
É este sono que me bate
Tão logo que tomo este apunhado
De remédios que me prescreveu
Aquele médico insensibilizado.
Fico tonta, tonta, tonta
Mas ainda não perdi os sentidos
Consigo escrever para aliviar
Com letra e lágrima, muda declamar
A poesia que acalma a dor
Que o remédio não sabe curar.
Soluço por ser tudo passageiro,
O sono, o silêncio, a calmaria
De quem nunca teve o amor
Que leu em Shakespeare à luz do dia.
Sombras.
- RK