Sono

É este sono que me bate

Tão logo que tomo este apunhado

De remédios que me prescreveu

Aquele médico insensibilizado.

Fico tonta, tonta, tonta

Mas ainda não perdi os sentidos

Consigo escrever para aliviar

Com letra e lágrima, muda declamar

A poesia que acalma a dor

Que o remédio não sabe curar.

Soluço por ser tudo passageiro,

O sono, o silêncio, a calmaria

De quem nunca teve o amor

Que leu em Shakespeare à luz do dia.

Sombras.

- RK

Raynara Karenina
Enviado por Raynara Karenina em 22/06/2019
Código do texto: T6679350
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