Perdendo-se em barcos que sangram abismos

pela paz que aperta a noite
lânguido sossego ruindo o peito
qualquer que seja a intensidade aguarda a ausência
o ruído do quintal germinado no frio sob o sol
em meus braços viceja o pavio
queimando nas duas pontas

fosse um deserto recordando sua areia

dentro o mar caminhando num mundo em chamas.
pousados no mesmo galho, perdendo-nos em barcos.

guarda-te, em oração
quando tudo que tenho é uma vida 
que sangra nossa pele em abismo.



Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 22/06/2019
Código do texto: T6679041
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