Docimamente iludida!

Uma alma perdida no inferno entrou

Fez seu pé de meia aonde lhe dava frutos

Mesmo sem um "consolo" no pôr do sol

Onde a verdade cai em seu vazio lençol

Passava noites em claro

Esperando pelo "seu" amado

Que pingava visitas "de amor"

Em seu fogoso cobertor

Até que um dia, a bela rapariga engravidou

Nem pensou duas vezes, fez e "pegou"

E ele nem suspeitava do que ela planejava

A armadilha da tranquilidade em sua cabeça estava

Só que não conheces a astúcia de uma mulher

Quando ela sabe o que quer

Ninguém a impede de fazer

Mesmo se o "raciocínio" perecer

Porque há situações propícias e equívocas

E ela docimamente iludida se afirmou

Numa relação que de repente esfriou

Pois um filho indesejado chegou

E já contados dois anos do ocorrido

Ele não a procura mais como antes

Diz ter um problema naquele "lugar"

Pra não ter mais que comparecer

E ela, que no passado, sendo a outra

Deveria no mínimo desconfiar

Mas aceitou a desculpa do "amado"

Que a deixou na cama fria e ficou a bocejar

Enquanto isso, a lei do retorno se aproxima

E não importa o endereço

O remetente sempre tem o seu desfeixo

Encravado nas entrelinhas do destino

E aquele sonho de ser esposa findou

Pois ele mal olha pra menina

E aparece sempre de passagem

E pra estrada retornou!

Ideias Reflexivas
Enviado por Ideias Reflexivas em 22/06/2019
Código do texto: T6678895
Classificação de conteúdo: seguro