Docimamente iludida!
Uma alma perdida no inferno entrou
Fez seu pé de meia aonde lhe dava frutos
Mesmo sem um "consolo" no pôr do sol
Onde a verdade cai em seu vazio lençol
Passava noites em claro
Esperando pelo "seu" amado
Que pingava visitas "de amor"
Em seu fogoso cobertor
Até que um dia, a bela rapariga engravidou
Nem pensou duas vezes, fez e "pegou"
E ele nem suspeitava do que ela planejava
A armadilha da tranquilidade em sua cabeça estava
Só que não conheces a astúcia de uma mulher
Quando ela sabe o que quer
Ninguém a impede de fazer
Mesmo se o "raciocínio" perecer
Porque há situações propícias e equívocas
E ela docimamente iludida se afirmou
Numa relação que de repente esfriou
Pois um filho indesejado chegou
E já contados dois anos do ocorrido
Ele não a procura mais como antes
Diz ter um problema naquele "lugar"
Pra não ter mais que comparecer
E ela, que no passado, sendo a outra
Deveria no mínimo desconfiar
Mas aceitou a desculpa do "amado"
Que a deixou na cama fria e ficou a bocejar
Enquanto isso, a lei do retorno se aproxima
E não importa o endereço
O remetente sempre tem o seu desfeixo
Encravado nas entrelinhas do destino
E aquele sonho de ser esposa findou
Pois ele mal olha pra menina
E aparece sempre de passagem
E pra estrada retornou!