SOLSTICIO DA ALMA

Falta a cor na foto

mais transpira felicidade

ouço a sua risada

onde o silêncio ecoa

um mais um é igual a três

matematicamente vislumbrei

meus olhos cegos

minhas mãos atadas

minha boca calada

meus pés descalços

passo a passo me perco

quanto mais ao sul

minha alma encobre a anomalia

meu corpo repele

a agua afoga e batiza

falta cor na vida

resta um pouco de fé pra recomeçar

e terminar esse capítulo

prelúdio da vinda

inicio do fim

por onde começar

entrar pela saida

rebater seu açoite

limitar as vontades

e reencontrar o caminho de volta

perder-se no quintal das vaidades

libertar a mente presa do velho

textos mortos não ressuscitam

eternamente gerado

compilado, reeditado

prescrito como receita medicamentosa

venerável erro

comum de dois gêneros

desigual da maioria

a minoritaria parte céu

ainda falta cor na pele

a divisão do genes

metabolicamente lento

restrito a discussão

pouco a pouco

escuro em materia

claro em evidência

do nada ao nada

quebrando os tijolos

que limitam as fronteiras

posso ir sem avisar

a chegada foi adiada

não ha volta

haverá sempre um novo começo

pra um velho fim.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 21/06/2019
Código do texto: T6677913
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