BRANCAS VELAS
Lá vão elas... brancas velas
oscilando suavemente
ao sopro do vento que passa.
Enfunadas e garbosas
vão livres e cheias de graça
cortando as águas, ligeiras,
numa alegre brincadeira:
cada qual mais graciosa.
Logo cedo, todo dia,
correndo vão, pressurosas,
entregar-se confiantes
ao mar, ardentes, amorosas,
às suas águas dolentes
que afagam, acariciam,
mas que, às vezes, de repente,
qual um ciumento amante
se transformam e injuriam.
Suas quilhas enrugadas
estão curtidas de sal.
Muitas delas, tão crestadas,
já bem cansadas da lida
aguardam, até, ansiosas
a hora que, enfim, à tardinha
regressem de volta ao cais
e recolham suas linhas.
O que será as conduz
por esse mar destemidas?
Não é opção ou desejo,
é somente o destino...
é a Vida.
Lá vão elas... brancas velas
oscilando suavemente
ao sopro do vento que passa.
Enfunadas e garbosas
vão livres e cheias de graça
cortando as águas, ligeiras,
numa alegre brincadeira:
cada qual mais graciosa.
Logo cedo, todo dia,
correndo vão, pressurosas,
entregar-se confiantes
ao mar, ardentes, amorosas,
às suas águas dolentes
que afagam, acariciam,
mas que, às vezes, de repente,
qual um ciumento amante
se transformam e injuriam.
Suas quilhas enrugadas
estão curtidas de sal.
Muitas delas, tão crestadas,
já bem cansadas da lida
aguardam, até, ansiosas
a hora que, enfim, à tardinha
regressem de volta ao cais
e recolham suas linhas.
O que será as conduz
por esse mar destemidas?
Não é opção ou desejo,
é somente o destino...
é a Vida.