Dança

Dança

Com um pé atrás

e um pé de cabra na mão,

o pé de cana enfrentou

o pé de chinelo valentão.

Um morava em bom pé direito,

mas já com o pé na cova;

Oh sujeito pé frio, sem jeito,

todo ranhurado com pé de galinha.

Enfiava o pé na jaca

e tomava tudo ao pé da letra;

Não tinha pé de meia,

mas era um pé de mesa.

Gostava de bicho de pé

e da conversinha ao pé do ouvido;

Se achava um pé quente sortudo;

por ter o pé na senzala, era filé.

E a fugaz menina dos olhos,

orelha e cabelo em pé,

espiando quem vinha na balsa,

correu na planta do pé

e escolheu o pé de moleque

para ser seu pé de valsa.

E não houve briga. Só dança.