"INUTILMENTE"
Inutilmente chamei por você
O relógio trabalha sem parar
Perdido em pensamento se absolver
Vão-se os dias e as noites
Ponteiros embriagados a girar
Volta a pós volta a se mover
O relógio na parede
O leito vazio, estou pensando em você
Petrificado e solitário coração
Não sei como explicar
Dor que não consigo estancar
Inutilmente te busco em meu olhar
Estranho sentimento
Insistente não vai regredir
Coração que não deixa de sangrar
Loucuras e desejos a me reprimir
Ponteiros ensandecidos
Inutilmente coloco-me a te chamar
O tempo passa
Sentado frente ao relógio nada sou
Sinto toda fragilidade
O tempo passa o relógio não para
Me sinto solitário, onde estou
Inutilmente chamo o sonho partiu
Poeta do Nordeste