Uhum
se cada verso que escrevo, apago,
como permanecer em evolução?
isso é tudo que eu devo?
ta pago! paguei o amor
com a decepção,
a cada novo erro, me estrago
como se mais um tropeço
torna-se me mais são,
a paixão tem seu preço ...
então cate seus cacos no chão,
na pele a casca
no sorriso a máscara,
sair pela porta de casa
e enfrentar um "dragão",
voltar tipo _ "mas cara"
tudo tão louco lá fora,
pessoas mantendo-se em pé
praticamente mortas,
acelerando em marcha ré
praticas recorrentes
da incessante busca por notas,
preso a essas correntes,
da forma mais brusca
soltei-me da corda,
agarrei-a com força,
livrei-me da forca,
ajeitei minhas roupas
e fui de encontro comigo mesmo,
corri o olho no espelho,
um flerte cansado,
reflete o desejo de ser muito mais
do que o pré-programado,
enfrente-se o peso
de ter os direitos
todos revogados,
ta aqui seu despejo,
sem abraços e beijos,
vá em frente com
um gosto amargo,
mais um teste, comum,
onde ninguém mais irá ama-lo.