Tortura da serpente
A serpente murmura, muito baixinho
Cada palavra cortante é pronunciada
Sua língua saboreia todas as consequências
Perfurando todos os órgãos
Retalhando o coração,
Rindo com todo o sangue derramado
Atinge os pulmões,
Roubando os últimos fôlegos de vida
Deixando suas marcas violentas sobre o corpo
Extirpa e devora toda a carne fresca
Deixando exposto todos os órgãos mortos
Se alimentando de todo o resto
Com suas mãos sujas com todo o sangue inocente,
Se vangloria por ceifar mais uma vida
Em nome de todos os seus deuses,
Grita, liberta toda a perversidade velada
A serpente desperta e usa suas vestes brancas,
Manchada com o mais rúbeo sangue
Mostrando toda a carcaça benevolente,
Com sua doce voz
Como um anjo caído segue com sua falsa luz.