QUASE MANHÃ
QUASE MANHÃ
A lua me acorda
De um sono latente
Vem domar um corpo
Quase que ausente
Do incurável fastio
Quase sempre presente
Corpo domado numa cabeça que singra
A procura de vida e histórias
Devaneios atrozes o atormentam
Afinal lunático procura o enleio
Em regaço apaixonante
Por detrás de nuvens cortinadas
Que cobrem o sepulcro
E impedem a luz platinada
A seu combate chega a aurora
Espantando calcanhares de aquiles
E a manhã afogueada
Açoda a brasa do viver