O AMANHÃ
Com a calma que desponta
O amanhã se apronta.
Diria que segura o espaço
Inquietante cansaço.
Regula a insensatez
Na penumbra da surdez.
Esquece que pode mudar
E caminha sem se importar.
Constrói alguns elos
Com gosto de caramelos.
O sabor pode surpreender
Conforme segue o viver.
Se é doce como melaço
Pode ter força como o aço.
E se perde pelo cardume
Esquece o azedume.
Na perfeita aridez
Constrói sua acidez.
E não cansa de desejar
O mundo inteiro transformar.