Últimas luzes acesas
Cortejam minhas despedidas
Os astros alinhados
Em perfeita formação
Estética para a mente
Fotografar como lembrança.
Esgotou-se tudo,
Sobrou nada de concreto.
Fora essa a maneira
Em que se criou meu universo,
Expira-se agora pelas
Mesmas razões de sua origem.
É a dominância
Entre a fragrância
Peculiar a qual
É perfumada em minha pele
E o aroma em que
Exala o pequeno mundo
Que moldei por causa
De sua sádica diversão.
Do alto,
Vê-se tudo pequeno,
Veem-se as probabilidades
De sobrevivência se
Por acaso meus pés
Deslizassem daqui
E caíssem na tragédia
De um belo passo de dança.
Inalcançável esquecimento,
Repete-se até que cada
Sentimento seja decorado
Para ser projetado
Nas mesmas circunstâncias
Em infinitas vezes.
E névoa é o que
Cobre qualquer
Chance de visão,
Frio choca-se
Com o calor
Que cultivo
Na flor de minha
Sobrecarregada exaustão.
Esperando para que
Algo aconteça ou
Deixe de acontecer
Enquanto me cubro
A evitar o congelamento
Que balança a
Seda das cortinas
E extingue qualquer
Protesto a sua temperatura.
Talvez predestinado
A me encontrar pesando
Com o arrependimento
De ter escrito sem
Controle algum de
Minha etérea sobriedade.
Talvez orgulhoso de que
De uma forma ou outra
Pude finalmente
Achar isso dentro de mim,
Mesmo tendo se escondido
Por mais tempo que
Me resta verdadeiramente.
Diante de inegável ser
O conhecimento sobre
O imparável desmorono,
Sento-me e maravilham-se
Os a olhos a ver que
Finalmente está tudo
Naturalmente acabado.
Abre-se o sorriso
De quem é capaz
De andar por aquela porta,
Desaparecer em
Seu próprio rumo
E sentir a felicidade
A qual perseguira vida toda
Sobre todas as outras
Emoções passageiras.
Entre tudo o que
Orbitou o centro de mim,
Desobedece agora
A gravidade a
Obedecerem minha ordem.
Enfatizando a mim
E a quem pode ver que
Este não é o meu adeus.