Últimas luzes acesas

Cortejam minhas despedidas

Os astros alinhados

Em perfeita formação

Estética para a mente

Fotografar como lembrança.

Esgotou-se tudo,

Sobrou nada de concreto.

Fora essa a maneira

Em que se criou meu universo,

Expira-se agora pelas

Mesmas razões de sua origem.

É a dominância

Entre a fragrância

Peculiar a qual

É perfumada em minha pele

E o aroma em que

Exala o pequeno mundo

Que moldei por causa

De sua sádica diversão.

Do alto,

Vê-se tudo pequeno,

Veem-se as probabilidades

De sobrevivência se

Por acaso meus pés

Deslizassem daqui

E caíssem na tragédia

De um belo passo de dança.

Inalcançável esquecimento,

Repete-se até que cada

Sentimento seja decorado

Para ser projetado

Nas mesmas circunstâncias

Em infinitas vezes.

E névoa é o que

Cobre qualquer

Chance de visão,

Frio choca-se

Com o calor

Que cultivo

Na flor de minha

Sobrecarregada exaustão.

Esperando para que

Algo aconteça ou

Deixe de acontecer

Enquanto me cubro

A evitar o congelamento

Que balança a

Seda das cortinas

E extingue qualquer

Protesto a sua temperatura.

Talvez predestinado

A me encontrar pesando

Com o arrependimento

De ter escrito sem

Controle algum de

Minha etérea sobriedade.

Talvez orgulhoso de que

De uma forma ou outra

Pude finalmente

Achar isso dentro de mim,

Mesmo tendo se escondido

Por mais tempo que

Me resta verdadeiramente.

Diante de inegável ser

O conhecimento sobre

O imparável desmorono,

Sento-me e maravilham-se

Os a olhos a ver que

Finalmente está tudo

Naturalmente acabado.

Abre-se o sorriso

De quem é capaz

De andar por aquela porta,

Desaparecer em

Seu próprio rumo

E sentir a felicidade

A qual perseguira vida toda

Sobre todas as outras

Emoções passageiras.

Entre tudo o que

Orbitou o centro de mim,

Desobedece agora

A gravidade a

Obedecerem minha ordem.

Enfatizando a mim

E a quem pode ver que

Este não é o meu adeus.

Daniel Yukon
Enviado por Daniel Yukon em 17/06/2019
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