Pousem os lápis
levanta os olhos
como uma longa carta de amor
olho você e preferiria olhar você
a qualquer foto cúmplice a dividir memórias
todas ficam tão sem rosto
que corro o risco de me apaixonar por você...
a alma quer pular pela garganta
as mãos se afogam
como um damasco amassado e pisoteado
para sua próxima vida
o chão não apaga o barulho
cantando distante como uma cotovia
as palavras perdem os seus objetivos de vista
a vida vira hóspede de seus olhos
(vão ao mesmo alfaiate)
contando números primos na mão
em parte porque do centro da minha vida
surgi um garoto dos ossos grandes
pés descalços da grama recém cortada dos caminhos
comendo o chão desse lugar
rompendo o silencio
permitindo que as palavras flutuem
libertando o lápis a pronunciar afirmações sobre o papel:
-eu sou o amor, mas também sou o papel
como metade das palavras e depois
passo a madrugada inteira dormindo no resto.
como uma árvore respirando...
levanta os olhos
como uma longa carta de amor
olho você e preferiria olhar você
a qualquer foto cúmplice a dividir memórias
todas ficam tão sem rosto
que corro o risco de me apaixonar por você...
a alma quer pular pela garganta
as mãos se afogam
como um damasco amassado e pisoteado
para sua próxima vida
o chão não apaga o barulho
cantando distante como uma cotovia
as palavras perdem os seus objetivos de vista
a vida vira hóspede de seus olhos
(vão ao mesmo alfaiate)
contando números primos na mão
em parte porque do centro da minha vida
surgi um garoto dos ossos grandes
pés descalços da grama recém cortada dos caminhos
comendo o chão desse lugar
rompendo o silencio
permitindo que as palavras flutuem
libertando o lápis a pronunciar afirmações sobre o papel:
-eu sou o amor, mas também sou o papel
como metade das palavras e depois
passo a madrugada inteira dormindo no resto.
como uma árvore respirando...