Extinção da palavra

Amanhã, eu só quero não lembrar

que um dia escrevi qualquer coisa.

Não vale a pena forçar as palavras,

para virarem qualquer imagem ou som.

Provavelmente quem já sofreu

do mal da poesia e morreu,

certamente está no limbo agora,

mudo, sem rumo e esquecido do mundo.

E como a palavra se presta

ao elogia e ao xingamento,

é talvêz mais pecaminosa

que a bofetada que lhe dou...

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 25/09/2007
Código do texto: T667497